segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Só os cães são felizes


Há muitas coisas que devemos aprender com os cães. Uma delas é sobre o amor e a felicidade! Cada vez mais me convenço de que somente os cães são felizes porque eles sabem amar! E principalmente porque eles se deixam amar! Ao contrário dos seres humanos que sempre condicionam seu amor os cães amam porque amam e pronto. Um cão não se importa em expressar plenamente seu amor. Um cão sabe receber amor sem culpa, sabe sentir saudade sem sufocar. Ele sabe que por mais que tenhamos ficado ausentes nada mudou. Ele fica feliz apenas em estar ao lado de quem ama. Os cães simplesmente se entregam sem pensar que vão sofrer ou que serão abandonados, embora muitas vezes isso aconteça. Mas, como lhes falta uma mente como a nossa que os engane, eles não pensam nisso. Eles vivem o momento e sabem que naquele momento amam e são amados e é isso que importa. 
Sorte dos cães não possuirem uma mente como a nossa! Assim eles não precisam ficar tentando domá-la a todo momento como nós. É como se os cães estivessem sempre em meditação. Sim, uma meditação eterna. Mas nós que temos mente precisamos aprender a meditar, a domar a mente para que ela se torne nossa amiga e assim possamos amar e sermos amados com plenitude. Enquanto não aprendermos a lição dos cães vamos tentando uma convivência harmoniosa com eles e com as outras espécies. Só os cães são felizes e quem tem um cão está a caminho...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

 Pequenas mudanças que fazem a diferença


A Ayurveda, como um sistema de saúde e bem estar, nos propõem várias mudanças de hábitos para nos adequarmos ao pulso do universo. Para nosso equilíbrio é necessário que o ritmo natural do nosso organismo seja resgatado.
Estamos tão acostumados a viver num ritmo totalmente inadequado que nossa tendência é achar que esse ritmo é o certo.
Durante a semana acordamos atrasados ao som estridente de um despertador nos chamando. Tomamos banho sem nem mesmo prestar atenção a nosso corpo, escovamos os dentes e vestimos as roupas e sapatos desconfortáveis que nos acompanharão o dia todo. Café da manhã? Nem pensar! Afinal isso é pra quem tem tempo sobrando e nós não temos esse luxo! Na hora do almoço, quando temos tempo pra isso, vamos a um self-service e nos servimos de tudo um pouco, misturando tudo sem critério algum. E assim continuamos nosso ritmo louco de vida achando tudo muito normal. Terminado o dia nos colocamos à frente da TV e, como estamos muito cansados, dormimos com o aparelho ligado.
Chega então o fim de semana! Que alívio! Agora podemos dormir até tarde! Até quem sabe meio-dia, uma da tarde?
Assim segue nossa vida tão normal. De repente começamos a nos sentir estranhos, o intestino não funciona direito, o estômago fica meio enjoado. Dores de cabeça e nas costas. Ficamos nervosos por nada e continuamos a achar que nosso ritmo de vida está normal. Afinal pra todos esses desconfortos existem remédios ótimos nas farmácias.
Até que chega um dia em que pensamos que precisamos mudar algo em nossa vida, afinal até a balança já não está mais normal!
Ai entra a terapia ayurvédica para nos ajudar a entender o que está acontecendo. Ela nos mostra onde está nosso desequilíbrio e propõe mudanças em nossas rotinas diárias a fim de nos resgatar para uma vida plena.
Muitas vezes nossa vida está tão desajustada que as mudanças propostas chegam a ser assustadoras, mas nem tudo está perdido. Se não podemos fazer tudo de uma vez podemos fazer pequenas mudanças no nosso dia a dia.
A primeira coisa que precisamos fazer é começar a prestar atenção em nosso próprio corpo. Quais são suas reais necessidades? Se ele nos pede um chocolate no meio da tarde, o que isso quer dizer? Será que é do chocolate mesmo que precisamos?
Temos de aprender a interpretar nossas reações. A partir daí é que vamos implementando as mudanças.
Muitas coisas nos parecem amargas no começo, mas depois vemos que os resultados são tão bons que valeu a pena. Outras parecem tão doces e prazerosas e que a longo prazo nos trazem grandes perdas.
Acordar cedo, por exemplo, é algo que a princípio nos parece muito penoso, mas, na medida em que vamos adquirindo mais vitalidade com essa prática, vamos incorporando esse hábito.
Cada um de nós tem o dever de se cuidar bem e cabe também a cada um ir fazendo as mudanças que são necessárias para isso. Sem pressa, uma por uma até que nosso equilíbrio se restaura.
Um bom terapeuta ayurvédico pode ajudar no nosso autoconhecimento e a nos orientar quanto à reestruturação das rotinas diárias. Tudo para que nossa vida volte a pulsar num ritmo mais natural e simples como a vida deve ser.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os limites do veganismo

Segundo as escrituras védicas, estamos vivendo dias de kali yuga, ou seja, a era de ferro em sânscrito. Os Vedas nos dizem que nessa era o que impera é a ganância, o materialismo, a hipocrisia e o total declínio dos valores morais.
Não é preciso ser hindu e nem iniciado na literatura védica e muito menos espiritualistas para se atestar que vivemos mesmo em um tempo em que os valores morais estão degradados. Basta uma breve olhada nos jornais diários, na programação das TVs, nas relações humanas para enxergar essa verdade.
Mas, o que tem isso a ver com o estilo de vida dos veganos? Tudo, já que o veganismo prega a ética em nossas relações com os outros seres vivos que dividem conosco esse planeta.
Todos sabem que o veganismo não é um fim em si mesmo, mas um processo, pois ser 100% vegano é impossível. Impossível porque por mais que evitemos consumir produtos de origem animal trocando-os por outros sintéticos ou vegetais, estaremos muitas vezes somente trocando de explorados.
Vou exemplificar, nos recusamos a consumir mel, pois a maneira como são exploradas as abelhas para esse fim é algo extremamente cruel. Então substituímos o mel pelo melado de cana e podemos encostar nossa cabeça no travesseiro e dormir sossegados. Mas, se formos mais a fundo na produção da cana, vamos perceber que ela impõe uma cadeia enorme de exploração e morte. Porque podemos consumir o melado de cana e o mel não, se estamos apenas trocando o objeto da exploração?
E assim acontece com muitos outros produtos. O computador que estou usando para escrever esse artigo tem componentes que são de origem animal. O carro, o ônibus, o metrô que nos leva pra lá e pra cá, também. Sem citar as roupas, papel, enfim, praticamente tudo.
Diante disso, reitero minha colocação de que é impossível ser 100% vegano.

Então, já que não dá para ser 100% então que sejamos o máximo que conseguirmos. Só que esse máximo pode variar de pessoa para pessoa. Até o vegano mais radical, não pensará duas vezes ao se utilizar de um remédio alopático, que foi testado em animais, para amenizar sua dor ou salvar sua vida, afinal seu veganismo também tem um limite.
Achar que o patamar em que chegamos é o ideal que todos devem alcançar é uma ilusão. Pois o ideal está longe de ser atingido por qualquer mortal. Mas, nossa arrogância e intolerância não nos deixa enxergar isso. É uma pena que alguns veganos se deixem levar por um complexo de salvadores do mundo – se todos agissem como eu, o mundo seria maravilhoso – como se isso fosse a única coisa a ser contabilizada.
O importante é perceber que todos nós temos nossos limites e transpô-los muitas vezes é algo muito complicado, pois passa por questões sociais, educacionais, familiares, psicológicas, filosóficas e outras tantas.  Mesmo assim vale a pena tentar ir além tanto na questão do veganismo como nas questões de tolerância e compreensão do outro e de nós mesmos.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sobre Ayurveda

A palavra Ayurveda significa: ciência (veda) da longevidade (ayur).
É considerado o sistema terapêutico mais antigo do mundo.
A Ayurveda procura harmonizar o indivíduo com o universo. Essa harmonia perdida nos leva a desenvolver uma série de desequilíbrios que geram os distúrbios tanto físicos, como mentais, emocionais e espirituais. O foco da ayurveda é o indivíduo. Os tratamentos são feitos a partir das características de cada um e aquilo que trazemos em nossa história de vida.
Os procedimentos terapêuticos são feitos por meio de massagens, fitoterapia, terapêutica alimentar, exercícios de respiração, análise e reestruturação de rotinas diárias, práticas de meditação e outros procedimentos
Para a Ayurveda, a saúde é a condição natural do ser humano, portanto trabalha não só com o tratamento dos distúrbios já instalados mas também com a prevenção desses distúrbios.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Brisa e Belinha, minhas companheiras e amigas.
Sempre estão comigo enquanto trabalho, ouço música, leio, medito, atualizo este blog. Enfim, em todos os momentos.